A China celebra o Ano Novo da mesma forma que o resto do mundo, de acordo com o calendário gregoriano. No entanto, a tradição secular de celebrar o seu próprio Ano Novo lunar continua a ser uma celebração maciça que se estende muito para além das fronteiras do enorme país.
Em 2025, o Ano Novo Lunar cairá na quarta-feira, 29 de janeiro, marcando mais uma vez um dos feriados mais importantes da cultura chinesa. O calendário lunar chinês baseia-se nos ciclos da lua. Um ano lunar tem 12 meses, cada um dos quais tem entre 29 e 30 dias. Por conseguinte, o Ano Novo lunar é celebrado numa data diferente todos os anos.
Esta celebração é conhecida como um dos momentos festivos mais marcantes da cultura chinesa, o que acarreta uma série de dinâmicas logísticas que representam desafios notáveis para as transportadoras e as empresas. Este período festivo, caracterizado pela sua celebração de 15 dias e que culmina com o Festival das Lanternas, não só envolve perturbações significativas nas operações regulares, como também desencadeia uma série de eventos que afectam marcadamente a cadeia de abastecimento e a logística em geral.
O impacto do Ano Novo Chinês na logística global
A complexidade logística começa aproximadamente três semanas antes do Ano Novo Lunar de 2025, quando as fábricas reduzem a produção, encerram as operações e os trabalhadores embarcam em viagens de regresso a casa para se juntarem às suas famílias na celebração do novo ano. Este abrandamento progressivo tem um impacto direto na disponibilidade de produtos e serviços, criando uma dinâmica em que as empresas têm de planear com antecedência para mitigar o impacto negativo nas suas operações.
Um dos desafios logísticos mais óbvios é o período de recuperação após o Ano Novo Lunar, que normalmente requer 4-6 semanas para que as fábricas e as operações portuárias regressem à sua capacidade total. Durante este período, as empresas enfrentam limitações e restrições que afectam diretamente o planeamento e a execução de expedições e entregas.
Em vésperas do Ano Novo Lunar, as empresas são obrigadas a antecipar as suas necessidades de transporte marítimo para satisfazer o aumento previsto da procura e garantir um abastecimento contínuo durante o período festivo. Esta antecipação, no entanto, cria restrições de capacidade, especialmente no transporte marítimo, em que a procura aumenta significativamente, sobretudo no que respeita às exportações. A indisponibilidade de contentores torna-se um problema recorrente, e os consequentes atrasos no transporte e o aumento dos custos de expedição tornam-se uma realidade com a qual as empresas têm de lidar estrategicamente.
Além disso, o período que antecede o Ano Novo Chinês caracteriza-se por congestionamentos nos portos, onde a acumulação de carregamentos e a escassez de recursos humanos relacionada com as férias contribuem para atrasos e estrangulamentos na circulação de mercadorias. Este fenómeno traduz-se num impacto direto na logística rodoviária, ferroviária e aérea, com atrasos significativos que afectam a fluidez das operações.
O aumento da procura e a diminuição da oferta durante o Ano Novo Lunar geram taxas inflacionadas e custos de transporte mais elevados, tornando este período uma época alta com uma série de desafios económicos e logísticos. As empresas são forçadas a assumir taxas de frete mais caras e a enfrentar sobretaxas adicionais, o que afecta diretamente a rentabilidade das operações.
Perante este cenário complexo, a preparação e o planeamento tornam-se cruciais para gerir as operações logísticas e minimizar o impacto do Ano Novo Chinês nos negócios. Uma abordagem proactiva torna-se essencial e as empresas devem avaliar a fiabilidade e os recursos dos seus parceiros logísticos, antecipar as necessidades de expedição e comunicá-las claramente, pré-reservar contentores ou espaço de expedição, utilizar dados para uma gestão eficaz do inventário e considerar opções como expedições múltiplas e mais pequenas em vez de cargas completas de contentores.
O Ano Novo Lunar apresenta desafios logísticos notáveis para as empresas a nível mundial. É essencial que as empresas se preparem com antecedência para enfrentar os abrandamentos da produção antes do festival, o congestionamento dos portos e a escassez de recursos humanos.
SPARX: Uma vantagem estratégica
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